Artigo: “Centros de Comando e Controle Urbanos (CCCU): Sistemas Operacionais Urbanos, Smartsurveillance e Tecnologias Infocomunicacionais”
Neste artigo propomos investigar os Centros de Comando e Controle Urbanos (CCCU), novas ferramentas para gestões urbanas baseadas em tecnologias infocomunicacionais. Partimos da conceituação do que seriam os CCCU e, em seguida, analisamos alguns dos seus impactos sobre as cidades, como a criação de sistemas operacionais urbanos (SOU), análises preditivas sobre camadas urbanas e o surgimento de smartsurveillances dos atores urbanos – três aspectos que dependem dos dados coletados pelas tecnologias infocomunicacionais (como sensores, hardwares tecnológicos,aplicativos, softwares de coleta, armazenamento, processamento e análise de dados etc.) instaladas nos CCCU. Nossa conclusão é de que Centros de Comando e Controle Urbanos podem contribuir para amplificar a noção de Estado-rede, e produzir novas camadas de controle sobre espaços e corpos urbanos.
Palavras-chave: Centros de Comando e Controle Urbanos, Sistemas Operacionais Urbanos, Tecnologias Infocomunicacionais, Smartsurveillances, Cibercultura.
In this article we propose to investigate the Urban Command and Control Centers (UCCC), new tools for urban management accepted in infocommunication technologies. We start with the conceptualization of what UCCC would be and then analyze some of their impacts on cities, such as the creation of urban operating systems (OS), predictive analyzes on urban plans and the incident of smartsurveillances of urban actors – three aspects that depend on the data collected by infocommunication technologies (such as sensors, technological hardware, applications, software for collecting, storing, processing and analyzing data, etc.) installed in the UCCCs. Our conclusion is that the Urban Command and Control Centers can contribute to amplify the notion of the network-State, and produce new flags of control over spaces and urban bodies.
Keywords: Urban Command and Control Centers, Urban Operating Systems, Infocommunication Technologies, Smartsurveillances, Cyberculture.
Movendo o mundo por definições: como algoritmos transformam humanos e não-humanos. Acompanhe esta palestra e entenda como algoritmos fazem esta transformação.
Então, “vou” pra mais uma @campuspartybra (acho que a 7ª?!)… e dessa vez como palestrante! Falarei sobre algoritmos e como medeiam nossa vida!
A Campus Party é um do eventos mais nerds do Brasil, e um lugar onde, desde 2012, tive experiências incríveis, seja dormindo em sofás, nas barracas ou não dormindo para poder acompanhar o que rolava em 24h de evento. Parafraseando Cumpadi Washigton, “eu gostuuu munchooo”! Tô empolgado? Imagina.
O relatório também mostra um amadurecimento do consumo de notícias em aparelhos móveis (celulares) e em redes sociais, que, pela primeira vez, ultrapassaram a Televisão no consumo de notícias, 67% contra 66%.
Outros dados interessantes do relatório sobre o consumo de notícias no Brasil:
– O Grupo Globo, com a TV Globo (56% do mercado offline) e o G1 (detendo 51% do mercado online), domina o o consumo de notícias no país.
– A internet (incluso redes sociais) é a maior fonte de notícias para a população, com alcance de 87%.
– Pela primeira vez, desde que o relatório é divulgado, as redes sociais aparecem a frente de canais de televisão no consumo de notícias, com 67% e 66%, respectivamente.
– Acompanhando tendência dos relatórios anteriores, o consumo de notícias online por computadores continua despencando, agora, com 43%, enquanto o consumo por celulares estabilizou em 76% – sendo este o principal meio de consumo de notícias.
– No cenário de pandemia de COVI-19, a confiança em veículos de comunicação subiu 3% em relação ao relatório anterior, alcançando 51%.
– A confiança em notícias online a partir de buscas na internet é de 53%.
– Já a confiança em notícias online encontradas em redes sociais é de apenas 38%.
– O Facebook (54%), seguido por Whatsapp (48%) e Youtube (45%), são as principais ferramentas de consumo de notícias online para a maioria da população.
Quem me conhece sabe o quanto gosto de rádio e podcast. Já em 2010 era o maluco do antigo Podcast One, site de hospedagem de podcast que marcou época. Há alguns anos, desejo voltar a fazer o meu próprio podcast. Repare, só nesse parágrafo usei cinco vezes a palavra “podcast” – essa é a sexta! É, não sai da minha mente. E por isso, sem mais delongas, lanço hoje o “A Partir de Agora“!
‘A Partir de Agora’ contarei estórias e histórias com ajuda deste podcast. É uma aventura gestada há meses… minto, há anos. Sonho com ele há muito tempo, desde que deixei a faculdade: um espaço onde possa organizar as ideias e encaminhá-las ao mundo – é para isso que servem, afinal! ⠀ Contudo, todavia, porém, não obstante, ainda não sei qual rumo esse programa irá tomar – quero me aventurar em formatos, temas e conversas, mas sempre com um pé na contemporaneidade, ou, em outras palavras, no ‘que tá acontecendo no rolê’! O que espero mesmo é seguir este sentimento de fazer e seguir fazendo.
Vamos lá! ⠀ O tema desse primeiro episódio é “como podemos superar o isolamento social”. O programa tem dicas de um psicólogo, Jarbas Cersosino Jr (@pensandocomjarbas), uma nutricionista, Leilane Calixto (@nutrileilanecalixto), e um preparador físico, Felipe Chokito @chokito_felipe), sobre o que fazer ao longo da quarentena. ⠀ Agora preciso de você: ouça, compartilhe e mande suas críticas e sugestões! Isso vale muito. ⠀
“O papa é pop e o jornalismo não perdoa ninguém” – já dizia aquela bandinha famosa nos idos anos 1980/90… ou quase isso.
Foi-se o tempo em que estudantes secundaristas – apaixonados – sonhavam em entrar nas faculdades de jornalismo Brasil afora por causa do “glamour” da profissão na telinha! “Plim plim!” Me recordo, como ontem, que ao entrar na Faculdade de Comunicação da Ufba (um dos lugares que mais amo na vida) muitos parentes, amigos e conhecidos me abordaram, em momentos diferentes mas em sintonia, com a seguinte frase: “e ai, quando vai trabalhar na Globo?! Quando vou te ver no jornal?!”.
Assustado, a pergunta me lançava ao lugar comum do que deveria ser o jornalista, e, além de estranha, não caia bem aos meus ouvidos e muito menos encontrava eco em meus neurônios juvenis. Resultado: eu bugava!
A tela azul do Windows aparecia.
Pois, devo esclarecer, não foi Willian Bonner, todo engomadinho na minha TV, o motivo pelo qual desejei fazer jornalismo. Para ser franco, no momento que entrei na Facom, nem eu mesmo sabia direito o que estava fazendo ali – aliás, como quase todo jovem no começo da faculdade: era um lugar estranho, com gente esquisita e que lia Adorno, McLuhan, Mafessoli, Tom Wolf, Capote, Traquina, Bourdieu etc. E, assim como quase todo jovem na faculdade – pelo menos os que conheci-, só fui descobrir o que estava fazendo ali já quase no meio do curso. Antes tarde que nunca, mas descobri.
Descobri uma cachaça pior que a original água ardente: a informação de qualidade, com pitadas de pensamento complexo.
O bom jornalismo vestido de palhaço mata oito
Fazer um jornalismo de qualidade é muito fácil, ao contrário do que muitos dizem: ele requer honestidade, curiosidade e apuração. Com essas três ferramentas na mão é possível lapidar um diamante bruto em uma baita reportagem.
Dito isso, para fazer um bom jornalismo será sempre difícil: ninguém quer que informações sensíveis sejam divulgadas ou que alguns nomes sejam comprometidos pelo brilho irradiado do bom jornalismo. E quando isso acontece, quando o jornalismo mata 8 em roupa de palhaço, os jornalistas são acusados de “politicagem”. De repente, o jornalismo não é mais jornalismo: se divulga algo comprometedor, mesmo com interesse público, é logo taxado de partidário ou de “propagador de fake news”. Aff!
Lamento dizer, mas, o papel do jornalismo não é agradar as pessoas, nem mesmo ao leitor. O papel do jornalismo é oferecer a verdade em uma bandeja de prata à sociedade. Por isso, o jornalismo é um cão de guarda: ele pode morder até mesmo seu cuidador! E, precisamos defender que continue assim. Uma democracia não sobrevive sem um jornalismo mordedor, implacável e independente. Quando alguém acusa o jornalismo de querer o mal (ou coisa pior), desconfie. Certamente essa pessoa é alvo fácil do nosso anão vestido de palhaço.
Enquanto jornalista, muitas vezes sentado nas redações da vida e com os dedos sobre os teclados, foi saboroso pensar que estava desempenhando meu papel de vigilante – com o peito bem estufado e montado em um cavalo branco – nessa industrial vital. Mas, deixando de lado o amor que me conectou com a profissão na Faculdade, hoje posso ver que, especialmente nos últimos anos, o jornalismo anda sumido, tímido e acanhado, e não mais desempenha um papel de vigilância, de 4º poder… como era antes imaginado.
Não, o jornalismo
não está acabando ou, parafraseando Nietzsche, “está morto”.
Para se tornar uma linda borboleta multicolorida e feliz, ele, nesse
exato momento, está em metamorfose.
Fake News is the new black
Por vezes, é complicado explicar, até mesmo para um bom jornalista, um daqueles bem antenados em tudo que acontece na profissão, que as fake news, essas maltrapilhas danadinhas que ajudam a eleger presidentes, foram um marco tão ou mais importante que a revolução digital da informação para o jornalismo. Talvez, e ai viajo na maionese, bem como muitos colegas pesquisadores, esse movimento de criação e divulgação de fake news quiçá seja a maçã podre no cesto que vai mostrar o quanto um bom manejo é preciso para termos, no futuro breve, uma boa safra. Por favor, sem agrotóxicos!
Nesse exato momento,
ainda é pedir demais que o jornalismo nos salve. É pedir demais que
os jornalistas saibam como lidar com as polarizações que correm
para todos os lados. O jornalismo, somente agora – antes tarde que
nunca -, está começando a montar as redes de controvérsias e
aprendendo a interagir com os diferentes atores que fazem circular as
novas associações de informações, sejam elas basilares das fake
news ou não.
Então, pra resumir a história, “onde está o jornalismo quando mais precisamos dele?” Está aprendendo a ser jornalismo. Um novo jornalismo ou (para não confundirmos com a escola new journalism de Gay Talese, Ton Wolfe e cia) um jornalismo moleque.
Não seria demasiado afirmar que o jornalismo ainda terá papel importante na civilização contemporânea. Talvez não venha a ser o salvador da pátria. Contudo, ele pode, pelo menos, ajudar a colocar o dedo sobre aqueles que não fazem bem ao nosso pomar.
Como parte do meu projeto de dominar o mundo… digo, do meu projeto
de me reconhecer como autêntico detentor do conhecimento que tenho e
posso compartilhar, passarei a ser mais social na web e na vida.
Explico – sem tirar as sandálias.
“Síndrome do impostor” é o que tenho e, talvez, você também. Não poderei explicar muito, o objetivo desse texto é outro, mas, essa síndrome se resume, basicamente, em algo como se eu ficasse o tempo todo afirmando pra mim mesmo que uma hora as pessoas perceberiam que não sou “tudo isso que me mostro” (como se fosse grande coisa) ou que não teria capacidade para fazer o que me proponho na universidade, no trabalho e na vida familiar. É uma síndrome mais comum que pensamos, e muito mais comum ainda no meio acadêmico – muitos colegas de mestrado passaram da síndrome para a depressão. Ou seja, essa é, potencialmente, uma doença. Existem muitos estágios, mas o ideal mesmo é procurar ajuda especializada/psicológica se você tem alguns desses sintomas. No meu caso, terminar minha dissertação de mestrado ajudou muito a baixar o nível dessa “afobação”. Só que ela resiste e todo dia luto pra reafirmar a mim mesmo meu potencial.
Minhas histórias
Junto essa “questão
não resolvida” com a minha já revelada vontade (ou “compilação”
voltada) para contar minhas histórias. Quero contar pro mundo e
também pra você de coisas que descobri ou estou descobrindo. Isso,
no campo da comunicação, literatura, jornalismo, marketing,
cibercultura e o que mais for batendo e colando em mim ao longo dos
dias.
E ser mais social
também faz parte desse projeto. “Preciso postar mais nas redes,
além do blog, e, também, interagir mais com as pessoas…
conhecidas ou não. Twitter, Instagram e Facebook são os lugares
ideais para isso. Contudo, não pretendo ficar plantado nessas redes,
ou neste blog. Pretendo, ai sim, compartilhar e ver quais ondas
retornam.
Antes que me pergunte, sim, também pretendo ser mais social offline, voltar à jogar bola com os amigos pode ser um primeiro retorno viável à minha antiga vida social (que existia antes do mestrado).
Dica: Ouça esse episódio do Podcast Boa Noite Internet sobre “Síndrome do Impostor”:
Puxar ferro é divertido, mas gosto mesmo é de malhar o cérebro: acontece que gosto de estudar, gosto da academia, essa malandra que educa e produz conhecimento motriz.
A Universidade me deu muito. Mostrou os caminhos que percorro hoje. E, toda vez que olho por entre passado e presente vejo só um futuro possível: uma aventura contínua nas salas de aula.
De fato, a atual geração da minha família sertaneja avança forte e rápido sobre as universidades. A anterior penou muito para que alguns poucos completasem seus estudos básicos. Muito dessa luta inglória e acumulo de frustrações contribuiu para que lutassem pelo avanço na educação de nós, seus filhos. Hoje diplomas se multiplicam nas paredes das casas de nossos pais. Jornalistas, contadores, engenheiros, médicos, geógrafos, biomédicos, enfermeiros, quimícos etc. São o que são por causa de pedreiros, lavradores, agricultores familiares, cortadores de sisal, lavadouras de roupa e donas de casa. A nova geração nunca estará no nível da anterior.
Alguém na vida
Em meu caso, a paixão começou com desamores. Lutei – e ainda luto – muito contra os vícios da escola pública deficitária, que contribuiu para pensar em desistir da Faculdade no terceiro semestre. Mas, “estudar é a única forma de conseguir ser alguém na vida”, repetia minha Mãe toda santa oportunidade. Virou mantra e de tanto ouvir acreditei. Aos poucos consegui avançar nos estudos, me formar e também fazer um mestrado. De fato, cheguei, hoje, em um ponto onde não consigo recuar. É quase como – assim como minha ululante vontade de escrever – algo para qual estou compelido. É uma sentença que não desejo mais escapar.
Hoje, quando sentei em uma das salas da Faculdade de Comunicação, a Facom, senti que os anos passados naquelas salas, laboratórios e corredores não representavam nada: estava nervoso como no primeiro dia. Era um nervosismo empolgado, como no primeiro dia. Era uma visão do futuro, como no primeiro dia. Era o sonho de meus pais se realizando, como no primeiro dia… há 12 anos.
Estar na academia me faz feliz, mas sei que faz meus pais muito mais. Sigo fazendo eles felizes, e isso é o mais importante.
Construo caminhos para eles trilharem à minha frente.