O ano de 2022 começou com mais uma publicação internacional de membros do GJOL. Suzana Barbosa, Mariana Almeida, Lívia Vieira e Moisés Costa (eu!) assinam artigo publicado no livro “Total Journalism: Models, Techniques and Challenges” (Springer Nature) produzido pelo Grupo Novos Medios da Universidade de Santiago de Compostela e editado pelos pesquisadores espanhóes Jorge Vázquez-Herrero, Alba Silva Rodríguez, Cruz Negreira, Carlos Toural e Xosé Lopes.
O capítulo é intitulado “Professional profile of the contemporary digital journalist” (Perfil profissional do jornalista digital contemporâneo) e pode ser encontrado no link da publicação disponibilizado pela Springer: https://lnkd.in/d6PB7SK5 ou Web de Novos Medios: https://lnkd.in/dEwnuh8X
Artigo: “Centros de Comando e Controle Urbanos (CCCU): Sistemas Operacionais Urbanos, Smartsurveillance e Tecnologias Infocomunicacionais”
Noa Salvador: exemplo de Centro de Comando e Controle Urbano
Neste artigo propomos investigar os Centros de Comando e Controle Urbanos (CCCU), novas ferramentas para gestões urbanas baseadas em tecnologias infocomunicacionais. Partimos da conceituação do que seriam os CCCU e, em seguida, analisamos alguns dos seus impactos sobre as cidades, como a criação de sistemas operacionais urbanos (SOU), análises preditivas sobre camadas urbanas e o surgimento de smartsurveillances dos atores urbanos – três aspectos que dependem dos dados coletados pelas tecnologias infocomunicacionais (como sensores, hardwares tecnológicos,aplicativos, softwares de coleta, armazenamento, processamento e análise de dados etc.) instaladas nos CCCU. Nossa conclusão é de que Centros de Comando e Controle Urbanos podem contribuir para amplificar a noção de Estado-rede, e produzir novas camadas de controle sobre espaços e corpos urbanos.
Palavras-chave: Centros de Comando e Controle Urbanos, Sistemas Operacionais Urbanos, Tecnologias Infocomunicacionais, Smartsurveillances, Cibercultura.
In this article we propose to investigate the Urban Command and Control Centers (UCCC), new tools for urban management accepted in infocommunication technologies. We start with the conceptualization of what UCCC would be and then analyze some of their impacts on cities, such as the creation of urban operating systems (OS), predictive analyzes on urban plans and the incident of smartsurveillances of urban actors – three aspects that depend on the data collected by infocommunication technologies (such as sensors, technological hardware, applications, software for collecting, storing, processing and analyzing data, etc.) installed in the UCCCs. Our conclusion is that the Urban Command and Control Centers can contribute to amplify the notion of the network-State, and produce new flags of control over spaces and urban bodies.
Keywords: Urban Command and Control Centers, Urban Operating Systems, Infocommunication Technologies, Smartsurveillances, Cyberculture.
Movendo o mundo por definições: como algoritmos transformam humanos e não-humanos. Acompanhe esta palestra e entenda como algoritmos fazem esta transformação.
Então, “vou” pra mais uma @campuspartybra (acho que a 7ª?!)… e dessa vez como palestrante! Falarei sobre algoritmos e como medeiam nossa vida!
A Campus Party é um do eventos mais nerds do Brasil, e um lugar onde, desde 2012, tive experiências incríveis, seja dormindo em sofás, nas barracas ou não dormindo para poder acompanhar o que rolava em 24h de evento. Parafraseando Cumpadi Washigton, “eu gostuuu munchooo”! Tô empolgado? Imagina.
O relatório também mostra um amadurecimento do consumo de notícias em aparelhos móveis (celulares) e em redes sociais, que, pela primeira vez, ultrapassaram a Televisão no consumo de notícias, 67% contra 66%.
Outros dados interessantes do relatório sobre o consumo de notícias no Brasil:
– O Grupo Globo, com a TV Globo (56% do mercado offline) e o G1 (detendo 51% do mercado online), domina o o consumo de notícias no país.
– A internet (incluso redes sociais) é a maior fonte de notícias para a população, com alcance de 87%.
– Pela primeira vez, desde que o relatório é divulgado, as redes sociais aparecem a frente de canais de televisão no consumo de notícias, com 67% e 66%, respectivamente.
– Acompanhando tendência dos relatórios anteriores, o consumo de notícias online por computadores continua despencando, agora, com 43%, enquanto o consumo por celulares estabilizou em 76% – sendo este o principal meio de consumo de notícias.
– No cenário de pandemia de COVI-19, a confiança em veículos de comunicação subiu 3% em relação ao relatório anterior, alcançando 51%.
– A confiança em notícias online a partir de buscas na internet é de 53%.
– Já a confiança em notícias online encontradas em redes sociais é de apenas 38%.
– O Facebook (54%), seguido por Whatsapp (48%) e Youtube (45%), são as principais ferramentas de consumo de notícias online para a maioria da população.
Quem me conhece sabe o quanto gosto de rádio e podcast. Já em 2010 era o maluco do antigo Podcast One, site de hospedagem de podcast que marcou época. Há alguns anos, desejo voltar a fazer o meu próprio podcast. Repare, só nesse parágrafo usei cinco vezes a palavra “podcast” – essa é a sexta! É, não sai da minha mente. E por isso, sem mais delongas, lanço hoje o “A Partir de Agora“!
‘A Partir de Agora’ contarei estórias e histórias com ajuda deste podcast. É uma aventura gestada há meses… minto, há anos. Sonho com ele há muito tempo, desde que deixei a faculdade: um espaço onde possa organizar as ideias e encaminhá-las ao mundo – é para isso que servem, afinal! ⠀ Contudo, todavia, porém, não obstante, ainda não sei qual rumo esse programa irá tomar – quero me aventurar em formatos, temas e conversas, mas sempre com um pé na contemporaneidade, ou, em outras palavras, no ‘que tá acontecendo no rolê’! O que espero mesmo é seguir este sentimento de fazer e seguir fazendo.
Vamos lá! ⠀ O tema desse primeiro episódio é “como podemos superar o isolamento social”. O programa tem dicas de um psicólogo, Jarbas Cersosino Jr (@pensandocomjarbas), uma nutricionista, Leilane Calixto (@nutrileilanecalixto), e um preparador físico, Felipe Chokito @chokito_felipe), sobre o que fazer ao longo da quarentena. ⠀ Agora preciso de você: ouça, compartilhe e mande suas críticas e sugestões! Isso vale muito. ⠀
“O papa é pop e o jornalismo não perdoa ninguém” – já dizia aquela bandinha famosa nos idos anos 1980/90… ou quase isso.
Foi-se o tempo em que estudantes secundaristas – apaixonados – sonhavam em entrar nas faculdades de jornalismo Brasil afora por causa do “glamour” da profissão na telinha! “Plim plim!” Me recordo, como ontem, que ao entrar na Faculdade de Comunicação da Ufba (um dos lugares que mais amo na vida) muitos parentes, amigos e conhecidos me abordaram, em momentos diferentes mas em sintonia, com a seguinte frase: “e ai, quando vai trabalhar na Globo?! Quando vou te ver no jornal?!”.
Assustado, a pergunta me lançava ao lugar comum do que deveria ser o jornalista, e, além de estranha, não caia bem aos meus ouvidos e muito menos encontrava eco em meus neurônios juvenis. Resultado: eu bugava!
A tela azul do Windows aparecia.
Pois, devo esclarecer, não foi Willian Bonner, todo engomadinho na minha TV, o motivo pelo qual desejei fazer jornalismo. Para ser franco, no momento que entrei na Facom, nem eu mesmo sabia direito o que estava fazendo ali – aliás, como quase todo jovem no começo da faculdade: era um lugar estranho, com gente esquisita e que lia Adorno, McLuhan, Mafessoli, Tom Wolf, Capote, Traquina, Bourdieu etc. E, assim como quase todo jovem na faculdade – pelo menos os que conheci-, só fui descobrir o que estava fazendo ali já quase no meio do curso. Antes tarde que nunca, mas descobri.
Descobri uma cachaça pior que a original água ardente: a informação de qualidade, com pitadas de pensamento complexo.
O bom jornalismo vestido de palhaço mata oito
Fazer um jornalismo de qualidade é muito fácil, ao contrário do que muitos dizem: ele requer honestidade, curiosidade e apuração. Com essas três ferramentas na mão é possível lapidar um diamante bruto em uma baita reportagem.
Dito isso, para fazer um bom jornalismo será sempre difícil: ninguém quer que informações sensíveis sejam divulgadas ou que alguns nomes sejam comprometidos pelo brilho irradiado do bom jornalismo. E quando isso acontece, quando o jornalismo mata 8 em roupa de palhaço, os jornalistas são acusados de “politicagem”. De repente, o jornalismo não é mais jornalismo: se divulga algo comprometedor, mesmo com interesse público, é logo taxado de partidário ou de “propagador de fake news”. Aff!
Lamento dizer, mas, o papel do jornalismo não é agradar as pessoas, nem mesmo ao leitor. O papel do jornalismo é oferecer a verdade em uma bandeja de prata à sociedade. Por isso, o jornalismo é um cão de guarda: ele pode morder até mesmo seu cuidador! E, precisamos defender que continue assim. Uma democracia não sobrevive sem um jornalismo mordedor, implacável e independente. Quando alguém acusa o jornalismo de querer o mal (ou coisa pior), desconfie. Certamente essa pessoa é alvo fácil do nosso anão vestido de palhaço.