Artigo na revista Journalism and Media sobre uso da IA no Jornalismo Digital Brasileiro

O artigo intitulado “Artificial Intelligence (AI) in Brazilian Digital Journalism: Historical Context and Innovative Processes“, de autoria do doutorando Moisés Costa Pinto e da Professora Dra. Suzana Barbosa, coordenadora do Grupo de Pesquisa em Jornalismo Online (GJOL), foi publicado na revista internacional Journalism and Media e traz contribuições para a compreensão da interseção entre a inteligência artificial (IA) e o jornalismo digital no Brasil.

O artigo pode ser baixado no site da revista.

A pesquisa investiga o uso de sistemas e recursos de IA em produtos jornalísticos do país, analisando criticamente a literatura sobre o tema, mapeando e observando casos para identificar processos inovadores e analisando projetos de IA voltados ao jornalismo. O estudo utilizou uma abordagem de pesquisa ampla, incluindo buscas em repositórios web como Google, Google Scholar e Scopus, com termos relacionados à inteligência artificial e ao jornalismo digital no Brasil.

O artigo revela que, apesar do avanço na utilização de IA de baixo custo e impacto, predominam os bots nas iniciativas de IA no jornalismo digital brasileiro. Essa tendência sugere uma facilidade maior para os meios de comunicação digitais nativos incorporarem processos inovadores no uso dessas tecnologias, graças à grande disponibilidade dessas ferramentas em repositórios web.

Além disso, o estudo aborda questões cruciais sobre o uso de bancos de dados, aproximações com plataformas, usos de códigos compartilhados, conexões com outras IA e fontes de financiamento, investigando se as iniciativas são focadas no backend ou no frontend. Em um esforço paralelo, os autores procuram identificar se as redações brasileiras estão usando oficialmente o ChatGPT, uma IA generativa, destacando a importância da adaptação às novas tecnologias no jornalismo.

Campanha política e inteligências artificiais?

Campanha política e inteligências artificiais? Sim, esse é um tema mais relevante do que você imagina. Dito isso, participo do episódio massa do Podcast Conjuntura Atual, com os queridos Paulo Maneira e Geraldo Honorato, no qual abordamos essa temática.

No episódio, falo como as IAs podem influenciar a política e as campanhas eleitorais. Vem que tem!

#podcast #marketingpolitico #eleicoes #conjunturaatual

Meu primeiro livro: Caboclos, Poetas e Zumbi

Livro "Caboclos, Poetas e Zumbi: poesias soteropolitanas" de Moisés Costa Pinto

Não é todo dia que publico um livro, e aqui está: “Caboclos, Poetas e Zumbi – poesias soteropolitanas” já está disponível para ser baixado na Amazon (para vocês que tem Kindle). (Em breve teremos a versão imprensa para vocês desfrutar meus queridos poemas em tinta e papel).

Baixe o livro pro seu Kindle clicando aqui.

Caboclos, Poetas e Zumbi: poesias soteropolitanas”

“Caboclos, Poetas e Zumbi: poesias soteropolitanas” coleta o que há de mais poético em Salvador, mais especificamente, a poesia e os momentos poéticos entre a Praça do Campo Grande, a Praça Castro Alves e o Pelourinho – lugares icônicos da capital baiana; os poemas trazem histórias, causos, sonhos e misticismos que imaginam diferentes Salvadores e soteropolitanos, que são, ao mesmo tempo, moldados e moldam a Cidade da Baía de Todos os Santos. 

As poesias soteropolitanas do livro são inspiradas em três lugares icônicos da cidade de Salvador: o Caboclo, no Campo Grande, a estátua de Castro Alves, na Praça Castro Alves, e a estátua de Zumbi dos Palmares, no Pelourinho; múltiplas histórias e personagens, a própria cidade sendo uma delas, são mobilizados para contarem poesias soteropolitanas. Morar no Rio Vermelho (boêmio e poético por natureza) há quatro anos me proporcionou um olhar mais poético sobre a cidade e sobre suas experiências vividas nos ambientes soteropolitanos, em especial no roteiro Praça do Campo Grande, Praça Castro Alves e Praça da Sé/Pelourinho: lugares que cheiram a poesia soteropolitana.

Ficha Técnica 

Editora: Publicação própria

Autor: Moisés Costa Pinto

Produção Executiva: Laíse Castro

Capa, ilustrações e projeto gráfico: Tuíris de Azevedo

Fotografia: Amanda Penna

Prefácio: Wesley Correia

Assessoria de imprensa: Dayanne Pereira (Conectada Comunicação Integrada)

‘A Partir de Agora’: um podcast pra chamar de meu

Quem me conhece sabe o quanto gosto de rádio e podcast. Já em 2010 era o maluco do antigo Podcast One, site de hospedagem de podcast que marcou época. Há alguns anos, desejo voltar a fazer o meu próprio podcast. Repare, só nesse parágrafo usei cinco vezes a palavra “podcast” – essa é a sexta! É, não sai da minha mente. E por isso, sem mais delongas, lanço hoje o “A Partir de Agora“!

‘A Partir de Agora’ contarei estórias e histórias com ajuda deste podcast. É uma aventura gestada há meses… minto, há anos. Sonho com ele há muito tempo, desde que deixei a faculdade: um espaço onde possa organizar as ideias e encaminhá-las ao mundo – é para isso que servem, afinal!

Contudo, todavia, porém, não obstante, ainda não sei qual rumo esse programa irá tomar – quero me aventurar em formatos, temas e conversas, mas sempre com um pé na contemporaneidade, ou, em outras palavras, no ‘que tá acontecendo no rolê’! O que espero mesmo é seguir este sentimento de fazer e seguir fazendo.

Vamos lá!

O tema desse primeiro episódio é “como podemos superar o isolamento social”. O programa tem dicas de um psicólogo, Jarbas Cersosino Jr (@pensandocomjarbas), uma nutricionista, Leilane Calixto (@nutrileilanecalixto), e um preparador físico, Felipe Chokito @chokito_felipe), sobre o que fazer ao longo da quarentena.

Agora preciso de você: ouça, compartilhe e mande suas críticas e sugestões! Isso vale muito.

Onde está o jornalismo quando mais precisamos dele?

Enquanto jornalista, muitas vezes sentado nas redações da vida e com os dedos sobre os teclados, foi saboroso pensar que estava desempenhando meu papel de vigilante – com o peito bem estufado e montado em um cavalo branco – nessa industrial vital. Mas, deixando de lado o amor que me conectou com a profissão na Faculdade, hoje posso ver que, especialmente nos últimos anos, o jornalismo anda sumido, tímido e acanhado, e não mais desempenha um papel de vigilância, de 4º poder… como era antes imaginado.

Não, o jornalismo não está acabando ou, parafraseando Nietzsche, “está morto”. Para se tornar uma linda borboleta multicolorida e feliz, ele, nesse exato momento, está em metamorfose.

Fake News is the new black

Por vezes, é complicado explicar, até mesmo para um bom jornalista, um daqueles bem antenados em tudo que acontece na profissão, que as fake news, essas maltrapilhas danadinhas que ajudam a eleger presidentes, foram um marco tão ou mais importante que a revolução digital da informação para o jornalismo. Talvez, e ai viajo na maionese, bem como muitos colegas pesquisadores, esse movimento de criação e divulgação de fake news quiçá seja a maçã podre no cesto que vai mostrar o quanto um bom manejo é preciso para termos, no futuro breve, uma boa safra. Por favor, sem agrotóxicos!

Nesse exato momento, ainda é pedir demais que o jornalismo nos salve. É pedir demais que os jornalistas saibam como lidar com as polarizações que correm para todos os lados. O jornalismo, somente agora – antes tarde que nunca -, está começando a montar as redes de controvérsias e aprendendo a interagir com os diferentes atores que fazem circular as novas associações de informações, sejam elas basilares das fake news ou não.

Então, pra resumir a história, “onde está o jornalismo quando mais precisamos dele?” Está aprendendo a ser jornalismo. Um novo jornalismo ou (para não confundirmos com a escola new journalism de Gay Talese, Ton Wolfe e cia) um jornalismo moleque.

Não seria demasiado afirmar que o jornalismo ainda terá papel importante na civilização contemporânea. Talvez não venha a ser o salvador da pátria. Contudo, ele pode, pelo menos, ajudar a colocar o dedo sobre aqueles que não fazem bem ao nosso pomar.

Eu + social: interagir mais

Como parte do meu projeto de dominar o mundo… digo, do meu projeto de me reconhecer como autêntico detentor do conhecimento que tenho e posso compartilhar, passarei a ser mais social na web e na vida. Explico – sem tirar as sandálias.

“Síndrome do impostor” é o que tenho e, talvez, você também. Não poderei explicar muito, o objetivo desse texto é outro, mas, essa síndrome se resume, basicamente, em algo como se eu ficasse o tempo todo afirmando pra mim mesmo que uma hora as pessoas perceberiam que não sou “tudo isso que me mostro” (como se fosse grande coisa) ou que não teria capacidade para fazer o que me proponho na universidade, no trabalho e na vida familiar. É uma síndrome mais comum que pensamos, e muito mais comum ainda no meio acadêmico – muitos colegas de mestrado passaram da síndrome para a depressão. Ou seja, essa é, potencialmente, uma doença. Existem muitos estágios, mas o ideal mesmo é procurar ajuda especializada/psicológica se você tem alguns desses sintomas. No meu caso, terminar minha dissertação de mestrado ajudou muito a baixar o nível dessa “afobação”. Só que ela resiste e todo dia luto pra reafirmar a mim mesmo meu potencial.

Minhas histórias

Junto essa “questão não resolvida” com a minha já revelada vontade (ou “compilação” voltada) para contar minhas histórias. Quero contar pro mundo e também pra você de coisas que descobri ou estou descobrindo. Isso, no campo da comunicação, literatura, jornalismo, marketing, cibercultura e o que mais for batendo e colando em mim ao longo dos dias.

E ser mais social também faz parte desse projeto. “Preciso postar mais nas redes, além do blog, e, também, interagir mais com as pessoas… conhecidas ou não. Twitter, Instagram e Facebook são os lugares ideais para isso. Contudo, não pretendo ficar plantado nessas redes, ou neste blog. Pretendo, ai sim, compartilhar e ver quais ondas retornam.

Antes que me pergunte, sim, também pretendo ser mais social offline, voltar à jogar bola com os amigos pode ser um primeiro retorno viável à minha antiga vida social (que existia antes do mestrado).

Dica: Ouça esse episódio do Podcast Boa Noite Internet sobre “Síndrome do Impostor”:

Caminhos da academia

Puxar ferro é divertido, mas gosto mesmo é de malhar o cérebro: acontece que gosto de estudar, gosto da academia, essa malandra que educa e produz conhecimento motriz.

A Universidade me deu muito. Mostrou os caminhos que percorro hoje. E, toda vez que olho por entre passado e presente vejo só um futuro possível: uma aventura contínua nas salas de aula.

De fato, a atual geração da minha família sertaneja avança forte e rápido sobre as universidades. A anterior penou muito para que alguns poucos completasem seus estudos básicos. Muito dessa luta inglória e acumulo de frustrações contribuiu para que lutassem pelo avanço na educação de nós, seus filhos. Hoje diplomas se multiplicam nas paredes das casas de nossos pais. Jornalistas, contadores, engenheiros, médicos, geógrafos, biomédicos, enfermeiros, quimícos etc. São o que são por causa de pedreiros, lavradores, agricultores familiares, cortadores de sisal, lavadouras de roupa e donas de casa. A nova geração nunca estará no nível da anterior.

Alguém na vida

Em meu caso, a paixão começou com desamores. Lutei – e ainda luto – muito contra os vícios da escola pública deficitária, que contribuiu para pensar em desistir da Faculdade no terceiro semestre. Mas, “estudar é a única forma de conseguir ser alguém na vida”, repetia minha Mãe toda santa oportunidade. Virou mantra e de tanto ouvir acreditei. Aos poucos consegui avançar nos estudos, me formar e também fazer um mestrado. De fato, cheguei, hoje, em um ponto onde não consigo recuar. É quase como – assim como minha ululante vontade de escrever – algo para qual estou compelido. É uma sentença que não desejo mais escapar.

Hoje, quando sentei em uma das salas da Faculdade de Comunicação, a Facom, senti que os anos passados naquelas salas, laboratórios e corredores não representavam nada: estava nervoso como no primeiro dia. Era um nervosismo empolgado, como no primeiro dia. Era uma visão do futuro, como no primeiro dia. Era o sonho de meus pais se realizando, como no primeiro dia… há 12 anos.

Estar na academia me faz feliz, mas sei que faz meus pais muito mais. Sigo fazendo eles felizes, e isso é o mais importante.

Construo caminhos para eles trilharem à minha frente.

Como escrever?

Comecei esse blog com o intuito de (re)começar a escrever. Se há 2 anos, quando fazia meu mestrado em comunicação, escrevia diariamente, em alguns momentos até a exaustão, hoje escrevo pouco. Twitto bastante, mas não filosofo o suficiente.

No meu pequeno mundo a escrita sempre esteve ligada a algo mais forte e primordial. Há algo no ato de escrever que não só transcreve meus pensamentos, mas, sustenta-os.

Escrever me traduz no mundo.

Não sou um escritor. Mas, a cada dia, como falei no primeiro post desse novo blog, o teclado, “esse danado”, me observa e me chama surdinamentE – como bem poderia dizer Adoniran Barbora.

Sonho com a escrita, sonho com as histórias e estórias: elas saltam na minha língua de vez em quando. Para ser franco, me martirizo, como o maior dos pecadores, todos os dias que não escrevo. Não escrevo na maior parte dos dias. Sofro na maior paret dos dias.

Não é como se fosse um vício de jornalista que pulala em mim. Em minha solene ilusão, é muito mais uma necessidade básica condicionada pelo ato de pensar minha existência de ser humano na (atenção: palavra preferida dos faconianos adiante; ainda dá tempo de largar este post e não ser afetadx) contemporaneidade. Não raras vezes me pego pensando que preciso pular no rio do que é ser um “ser humano’, nesse ponto da história. Que preciso, também, reafirmar minha existência por meio do que, parece óbvio, ser uma das concepções mais disruptivas (para usar uma palavrinha da moda) da humanidade: a escrita.

A escrita não apenas transmite a comunicação, ela registra-a no tempo. Ela solidifica a existência da linguagem para sempre. Claro, ela também é uma linguagem.

Escrevo para você em um blog e não em uma pedra. Nós dois sabemos que esse blog deixará de existir um dia. Essas palavras também. Não obstante, eu as escrevi, eu as sinto pular por meus dedos para a tela – elas se materializam ali, eu estou ali. Isso nunca será tirado de mim.

Mais uma vez, blog

Não é meu primeiro blog na rede. Já fiz de tudo um pouco na internet, já usei blogspot, já circulei no wordpress e já semeei no meu próprio “com.br” – perdi esse domínio, lamentavelmente, e agora ataco de “moises.co“.

Mas, volto. Volto com um objetivo em mente: escrever. Este é meu desafio para os próximos anos: escrever mais e mais a cada dia. Ler mais livros também está na equação de minha vida. Todavia, ter um blog sempre me ajudou na prática da escrita, e sempre foi um grande incentivo.

Faça seu próprio blog e produza. Não fique contente em apenas consumir.

Neste canto você poderá ler sobre cibercultura – minha paixão em termos de interesse e pesquisa -, comunicação digital, marketing e mídias sociais – estas últimas mais próximas das áreas de trabalho que coloquei meus pés nos últimos anos – e, claro, um pouco sobre mim. Não creio que vá acertar em tudo que escreverei, mas o objetivo será mesmo de levantar a bola e não de marca o ponto. Fazer um exercício de humildade é preciso, afinal. 🙂

Espero conseguir escrever, ao menos, três parágrafos por dia neste blog. Também anceio conseguir pegar as borboletas que realmente importam, não apenas para mim, mas também para você, anônimo leitor. Dedos cruzados.

Se está lendo isso, sinta-se no direito de me cobrar essa “promessa”.

Abraços fraternos.

Waze and Urban Command and Control Centers: cases studies in Brazil

New digital and collaborative infocommunication technologies can be seen in the hands of citizens as well as organs and governments. The Waze smartphone app is one such case. Based on data and mining locative information on traffic, in real time, it quickly gained spaces among citizens to bypass urban problems. And also the Urban Command and Control Centers (UCCCs), which aim to have access to the data produced collaboratively by the users of the app. Based on this, this research aims to understand how Waze works and associations with UCCCs. Interviews with those responsible for Centers that have a partnership with Waze in Brazil (in the cities of Rio de Janeiro-RJ, Petrópolis-RJ, Vitória-ES and Juiz de Fora-MG), or use it unofficially (in Salvador-BA) were done in order to raise appropriations and understanding about the use of the app and its data by UCCCs. The application, important for users to overcome urban problems, has proved useful to Centers (lending their infocommunication skills) to connect with citizens and to be able to observe, treat and solve problems in different urban layers.
Key-words: Waze. Infocommunication Technologies. Urban Command and Control
Centers. Connected Citizens Program. Traffic.

Acess: https://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/27834